segunda-feira, 27 de junho de 2011

Handebol

Esporte no divã

Ex-jogadora de handebol e agora na psicologia esportiva de vários times em Jundiaí, Alessandra Amorim conta um pouco sobre sua carreira e o trabalho como psicóloga do esporte jundiaiense


Julio Monteiro/Agência BOM DIAAlessandra Amorim juntou a paixão pelo esporte com a psicologia e tem ajudado atletas
Agência BOM DIA

Quando sai de sua sala no Complexo Esportivo Dr. Nicolino de Souza, o Bolão, a psicóloga Alessandra Amorim recebe o carinho de atletas de todas as categorias, idades e modalidades. “Oi Lê!”, “Tudo bom, Lê?”, “Um beijo querida”, são as frases que ela mais ouve, e responde sempre muito gentil, seja para as pequenas da ginástica, a garotada do handebol e até os marmanjos do basquete.

“Meu trabalho é entender o que se passa com a mente para aumentar odesempenho dentro de quadra. Mas quem aumenta o desempenho são as pessoas e, para isso, precisam de muito carinho, compreensão e até puxões de orelha.”

Nas quadras /Alessandra começou sua carreira como atleta de handebol aos 18 anos, “já era considerada velha”, conta a psicóloga que pisou em quadra após um período difícil na vida. Ela perdeu o pai aos 17 anos de idade e o esporte foi uma das alternativas para lidar com a dor e também uma oportunidade de fazer algo diferente da vida.

“Na época, estudava magistério. Saia da aula e vinha correndo para o Bolão. Até que fiz um teste e fiquei.”

Entre competições como o título dos Jogos Regionais, Alessandra já orientava as companheiras de time e observava o lado humano das atletas. “Acho que esse lado psicóloga já nasceu comigo”, afirma.

Ela define o temperamento nas quadras como tranquilo e atribui isso a sua passagem de jogadora para o comando técnico. “Joguei até 1999, mas antes já estava nas comissões”. Em 2001, Alessandra trabalhou na direção do handebol em Jundiaí e, em 2005, se formou em psicologia. “Nunca pensei em largar os esportes, então juntei essas duas paixões”.

A psicóloga trabalha em competições como os Jogos Abertos e Regionais com toda a delegação jundiaiense. “Em época de disputa, a pressão sempre aumenta e eu sou exigida um pouquinho mais.”

Na sua profissão, ela ajuda no controle de crises, estrelismo, pouco brio, autoritarismo e falta de controle do comando técnico.

Para ter o chamado “tato”, Alessandra acompanha treinos, conversa com diretores, atletas e faz testes.

Em algumas categorias, como ginástica rítmica e artística, handebol, basquete, vôlei e também futebol (no Paulista), o trabalho é periódico e auxilia cerca de 180 pessoas, entre atletas e comissões.

Segundo ela, a ação não é feita em cima das modalidades, mas dos grupos de trabalho. “Cada um é de um jeito. Não posso tratar uma equipe de vôlei masculina como faço com a feminina, apesar do esporte ser o mesmo”, explica.

A psicóloga aponta que problemas em times femininas costumam ser mais frequentes, já que, de acordo com ela, a mulher sempre leva as coisas para o lado emocional e sentimental. “Se um menino chama o outro de bobão, dois minutos depois está tudo bem, já mulher guarda a mágoa e daí vem a falação e fofocas que atrapalham qualquer equipe.”

Porto seguro /Psicólogo é um profissional que apaga incêndios em times em crise? Alessandra crê que este seja mais um ponto de referência. Segundo ela, o trabalho é para manter um equilíbrio e aumentar o desempenho esportivo.

“Algumas categorias acham meu trabalho uma besteira, mas já recebi técnicos querendo orientação para aumentar o rendimento da equipe”, diz.

Quem é e o que faz:
Nome_ Alessandra Amorim
Idade_ 42 anos
Profissão_ Psicóloga
Títulos_ Jogos Regionais

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