A história em campo: após 48 anos, Santos e Peñarol voltam a decidir
Clubes entram em campo nesta quarta para a primeira partida da final da competição sul-americana. Volta será dia 22 deste mês
Agência Lancepress
Reeditando a final da Copa Libertadores de 1962, Peñarol (URU) e Santos buscam nesta quarta-feira, no Centenário, em Montevidéu, às 21h50, o primeiro passo na busca de mais um título da competição sul-americana.
O Peixe aparece com duas conquistas e o clube uruguaio com cinco - é o terceiro em número de vezes como campeão, atrás apenas de Boca Juniors, com seis, e Independiente, com sete, ambos argentinos.
Para a partida, o Santos terá alguns desfalques importantes. Os dois laterais titulares, Léo pela esquerda e Jonathan pela direita, seguem com problemas no tornozelo esquerdo e na coxa direita, respectivamente, e sequer foram relacionados.
Além da dupla, o zagueiro Edu Dracena, capitão do time, está suspenso por conta de um cartão vermelho no jogo de volta contra o Cerro Porteño (PAR), pela semifinal, e também desfalca a equipe.
Paulo Henrique Ganso, com uma lesão no músculo reto anterior da coxa direita, que era cogitado para retornar na partida desta quarta, segue em tratamento e deve voltar, apenas, no jogo do Pacaembu, no próximo dia 22.
O meia se lesionou na primeira partida da final do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, no dia 8 de maio. A previsão de retorno é de seis semanas, que finda justamente na finalíssima da competição continental.
Com os problemas, então, Muricy Ramalho terá de adaptar o time para seguir no esquema que costuma a usar: o 4-4-2, com um losango no meio de campo. Assim, a equipe vai com: Rafael, Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Adriano, Danilo, Arouca e Elano; Neymar e Zé Eduardo.
Pelos lados do Peñarol...
O Peñarol (URU) aposta todas as fichas na dupla de ataque formada pelo argentino Alejandro Martinuccio e pelo uruguaio Juan Manuel Olivera. O primeiro marcou dois gols e o segundo é o artilheiro da equipe, com cinco, mesmo número de Neymar.
O atacante brasileiro, por sinal, é uma das principais preocupações dos uruguaios, mas os marcadores rechaçam a possibilidade de destacar alguém para ficar 100% do tempo em cima da Joia.
"Se ele é titular na Seleção Brasileira e os principais clubes da Europa o querem, é claro que possui grandes qualidades. Mas não vamos enfrentar um jogador só. Temos de pensar no Santos como um todo e nas nossas ações principalmente", disse o experiente Darío Rodriguez, 36 anos.
FICHA TÉCNICA:
PEÑAROL (URU) X SANTOS
Estádio: Centenário, Montevidéu (URU)
Data/hora: 15/6/2011 - 21h50
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Auxiliares: Nicolás Yegros (PAR) e Rodney Aquino (PAR)
PEÑAROL (URU): Sebastián Sosa, Alejandro González, Carlos Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Nicolás Freitas, Luis Aguiar, Mathías Corujo e Matías Mier; Alejandro Martinuccio e Juan Manoel Oliveira. Técnico: Diego Aguirre
SANTOS: Rafael, Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Adriano, Danilo, Arouca e Elano; Neymar e Zé Eduardo. Técnico: Muricy Ramalho
Muricy: 'Se a coisa não estiver boa, Neymar pode fazer a diferença'
Técnico elogiou o poder de decisão do atacante e ressaltou que equipe santista jogará no ataque nesta quarta-feira
ReutersNeymar treina no Centenário
Lancepress
Muricy Ramalho ressalta o espírito coletivo, mas abre uma exceção quando se trata de Neymar, craque do Santos. O técnico alvinegro rasgou elogios para o atacante e ressaltou que ele será decisivo para a decisão contra o Peñarol, nesta quarta-feira, no Centenário.
- O esporte é coletivo, são muitos jogadores em campo, mas com certeza é importante ter um diferente no time. Se a coisa não está boa, ele faz a diferença. E nós temos esse jogador, que é o Neymar - disse o comandante, após o reconhecimento do Centenário, nesta terça-feira.
Muricy ainda garantiu que o Santos não se intimidará com a pressão e jogará no ataque. No duelo de volta contra o Cerro Porteño, no segundo tempo, em Assunção (PAR), a equipe santista recuou muito quando vencia por 3 a 1 e acabou cedendo o empate.
- Temos de jogar igual o que estamos jogando. Fomos para o Paraguai e começamos indo para cima do adversário. Não podemos mudar o nosso estilo de jogo. Se quisermos mudar, pode ser um desastre. Com a posse de bola vamos agredir - afirmou.
- É difícil jogar no Centenário, a torcida empurra muito, mas os jogadores estão acostumados com essa pressão. A gente sabe que a torcida vai fazer barulho, mas o que importa é dentro do campo, no onze contra onze. Nosso time tem de ter coragem para jogar, personalidade - completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário