domingo, 24 de abril de 2011

Campeonato Paulista

Em fase de crescimento
Maior revelação do São Paulo nos últimos anos, Lucas promete se agigantar no clássico deste domingo contra a Portuguesa, na Arena Barueri, pelas quartas. “O mata-mata é o momento certo para o jogador crescer”, diz o craque


João Pontes
Agência BOM DIA

Fora de campo, o meia-atacante Lucas tem sido submetido a um tratamento para aumentar sua massa muscular. Em um ano, ganhou cinco quilos. Dentro das quatro linhas, neste domingo (24), às 16h, em Barueri, contra a Portuguesa, o camisa 7 quer mostrar que seu futebol também está em fase de crescimento.

Com a camisa da seleção brasileira, a jovem revelação foi decisiva na fase final do Campeonato Sul-Americano Sub-20. Agora, pelo São Paulo, o craque de 18 anos garante estar preparado para conduzir o clube às semifinais do estadual.

“Eu gosto mais do sistema mata-mata. É mais emocionante. É o momento certo para o jogador crescer em campo. Costumava ser assim nas categorias de base, então já estou habituado. Temos de ir para cima e fazer o nosso resultado”, afirmou o jogador.

A confiança de Lucas em seu futebol é tanta que pode até ser comprovada nos números. Lucas foi o jogador que mais driblou durante a fase de classificação do Campeonato Paulista. No quesito, o camisa 7 é mais eficiente até do que Neymar. O são-paulino tem média de 7,5 dribles por jogo, contra 7,3 do craque santista.

Apesar da eficiência nas jogadas individuais, Lucas também ressalta a importância do coletivo. “Tenho de procurar me movimentar o tempo todo para sair da marcação. Assim, também vou conseguir abrir espaços para os meus companheiros”, explica.

Mesmo terminando a primeira fase do Campeonato Paulista na ponta da tabela de classificação, o São Paulo descarta ser favorito no clássico contra a Portuguesa.

“Será um clássico. Pegamos o adversário mais difícil das quartas. Eles vão vir preparados e fortes. Não tem essa de favorito, não. Em campo, são onze contra onze. Eles também querem vencer”, alertou Lucas.

Para o técnico Paulo César Carpegiani, o Tricolor deve estar totalmente ligado na hora do jogo. “Não teremos outra chance. Serão 90 minutos e temos de procurar o gol desde o começo. Vamos pegar um ótimo time e tudo pode acontecer”, disse.
Contra a Lusa, a única vantagem do São Paulo está no mando de campo. Caso o jogo termine empatado, o duelo vai ser definido nos pênaltis.

São Paulo
3-5-2
Rogério Ceni
Rhodolfo
Rodrigo Souto
Miranda
Jean
Casemiro
Carlinhos Paraíba
Lucas
Juan
Marlos (Ilsinho)
Dagoberto
T: Carpegiani

Portuguesa
4-4-2
Weverton
Marcos Pimentel
Domingos
Maurício
Ademir Sopa
Ferdinando
Guilherme
Marco Antônio
Henrique
Jael
Luís Ricardo
T: Jorginho

PAULISTÃO > SÉRIE A-1 – QUARTAS


Onde: Arena Barueri, em Barueri, às 16h

Juiz: Aurélio Sant`anna Martins


TV: Globo e Bandeirantes


Palmeiras vai usar a força de sua bola aérea para tentar bater o Mirassol
Na temporada atual, Verdão já fez 11 gols de cabeça


Diego Iwata Lima
Agência BOM DIA

Se fosse uma guerra, a melhor estratégia do Mirassol para a partida deste domingo (24), às 18h30, no Pacaembu, seria reforçar suas baterias antiaéreas. Seja em cobranças de faltas, escanteios ou com a bola rolando, o caminho mais curto para o Verdão chegar ao gol adversário tem sido mandar a bola para cima.

Na atual temporada, o Palmeiras fez 11 dos seus 44 gols de cabeça, em decorrência de bolas cruzadas na grande área. Isso sem contar com um atacante especialista nesse tipo de jogada entre os titulares.

Para quem conhece o estilo do técnico Felipão, a constatação da força da jogada aérea palmeirense não chega a ser uma surpresa. O gaúcho prioriza as bolas pelo alto desde o tempo em que comandava o Grêmio, nos anos 90. À época, os lances mais perigosos do Tricolor surgiam do pé do lateral Arce, que invariavelmente buscava a cabeça do centroavante Jardel. Não por acaso Felipão fez questão de trazer Arce para o Palmeiras quando assumiu o comando do time, em 1997. E Jardel só não veio junto porque já brilhava em Portugal.

Assim, também não é surpresa que o treinador cite o volante Marcos Assunção como peça-chave de seu esquema tático. Afinal, se já não tem a mesma vitalidade para correr atrás dos atacantes e meias adversários – tampouco vem acertando no gol suas cobranças de falta –, o volante continua bem no quesito assistência. Seis dos gols alviverdes neste ano tiveram passe final direto do camisa 20 - quatro deles em cobranças de escanteio.

E não é apenas de cabeça que os tentos vem acontecendo na temporada atual. Se forem computados aqueles anotados em cobranças de falta e pênalti, pode-se dizer que o Verdão fez, de bola parada, oito de seus últimos 12 gols.

Sem contar com o atacante Wellingnton Paulista, que não pôde ser inscrito no Paulistão, Felipão deve repetir hoje o time que entrou em campo contra o Santo André, na quinta-feira, pelas oitavas de final da Copa KIA do Brasil. Isso se puder escalar Thiago Heleno e Cicinho, que ainda reclamam de dores, embora tenham sido relacionados. Assim, Leandro Amaro pode ser o companheiro de zaga de Danilo. Pelo lado direito, os volantes João Vitor e Márcio Araújo devem se revezar.

Sem dó
Se penou para ganhar um clássico na temporada, Felipão não mostrou qualquer pudor para vencer os times do interior. Nas 15 partidas contra equipes de fora da capital, exceto o Santos, foram dez vitórias, quatro empates e só uma derrota, para a Ponte Preta, quando escalou time misto.

Palmeiras
4-4-2
Deola
João Vitor
Leandro Amaro
Danilo
Rivaldo
Márcio Araújo
Marcos Assunção
Tinga
Valdivia
Luan
Kleber
T: Felipão

Mirassol
4-5-1
Fernando Leal
Luiz Henrique
Daniel Marques
Dezinho
Samuel
Magal
Jairo
Esley
Xuxa
Diego
Wellington Amorim
T: Ivan Baitello




PAULISTÃO > SÉRIE A-1 — QUARTAS DE FINAL


Onde: Pacaembu, em São Paulo, 18h30

Juiz: Guilherme Cereta de Lima

TV: Sportv

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