Julinho revela problema crônico no cotovelo em entrevista ao Site Tênis News
Em frente à sala do árbitro geral da mais valiosa etapa da Copa Petrobras de tênis (US$ 100 mil em prêmios, mais a hospedagem) situada ao lado da quadra central do Club Providencia, em Santiago, no Chile, o jundiaiense Júlio Silva revelou ter um problema crônico, em entrevista ao repórter Fabrizio Gallas do site Tênis News.
Julinho por uma vaga na semifinal do torneio nesta sexta-feira contra o italiano Fábio Fognini e declarou que uma fratura por estresse no cotovelo o incomoda desde meados da temporada no torneio de Curitiba.
"Este fim de ano dei uma melhorada. Comecei bem, mas alí em Curitiba comecei a sentir um problema, uma fratura por estresse no cotovelo e então tive que parar por um tempo quando ia jogar torneios na Europa e quando estava no meu melhor ranking (atingiu o 144 da ATP).
O paulista, que está sem patrocínio para bancar suas viagens - apenas de roupa e acessórios - e treinando com Emerson Lima na cidade natal, Jundiaí (SP), na academia Vale Verde, declarou que não pretende seguir o conselho médico para sanar o problema, algo que levaria três meses longe do circuito”.
"Não estou ainda 100%, pra ficar assim teria que parar por três meses e não penso em fazer isso, mas consigo jogar sem tantas dores, é só tratar direitinho, botar bastante gelo. O problema mesmo é jogar no frio em cidades como Bogotá (Colômbia), Quito (Equador) onde o braço sente mais. Em temperaturas normais ou quente não tenho problema pra bater a esquerda ou sacar como eu tinha no meio do ano", declarou ao site Tênis News.
Aos 31 anos, Julinho já começa a pensar em sua retirada para 2012, mas bons resultados podem mudar o curso: "Acredito que tenho aí uns dois anos mais de bom tênis, mas nunca se sabe o que vai acontecer e posso estar jogando meu melhor daí muda tudo", disse o tenista que jogará os challengers de São Paulo, Guayaquil (Equador), Cancun (México) e Buenos Aires até completar o ano onde não tem metas de ranking.
O brasileiro disputou recentemente no US Open pela segunda vez a chave de um Grand Slam, experiência que lhe faz acreditar atingir o sonho de ser top 100: “Realizei um objetivo que era estar no US Open onde havia batido duas vezes na trave. Lá foi uma ótima experiência que me acrescentou poder passar um quali duro com jogadores de nível alto em um torneio super organizado com uma estrutura gigantesca. Isso fez provar que eu posso e tenho condições de não precisar do quali nestes torneios, de entrar direto, algo que só posso fazer se estiver entre os 100 do mundo, outra meta que possuo”.
Problemas com Daniel Koellerer
Silva comentou como anda o caso com o austríaco Daniel Koellerer. Em julho, Julinho foi à delegacia de Reggio Emilia (Itália) denunciá-lo após acusá-lo de ofensas racistas durante a partida no challenger. O brasileiro diz ter sido chamado de ‘macaco’. Julinho entrou com um pedido na ATP e a entidade está investigando o caso.
"No US Open conversei com o Andre Silva (relação com jogadores no circuito) e ele me disse que a ATP estava investigando o caso e que em breve tomariam uma decisão. Estou atrás e até o fim do ano vou falar com o André pra saber detalhes", declarou ao site Tênis News.
Julinho falou sobre o encontro com Koellerer após o ocorrido: “Já encontrei com o Koellerer outra vez e nem olhei na cara dele. Os jogadores não gostam dele, mas é incrível que ele tem esse comportamento em quadra, mas fora dela é uma pessoa totalmente diferente”.
Matéria do site Tênis News, escrita por Fabrizio Gallas, direto de Santiago (Chile)
Nenhum comentário:
Postar um comentário