São Paulo 'magro' vence Avaí e leva vantagem para Florianópolis
Contando com gol contra do zagueiro Revson, Tricolor teve vitória mínima para decidir vaga em Florianópolis na quinta
Agência Lancepress
Não teve brilho, não teve show, nem a tão esperada reestreia de Luis Fabiano, vetado da partida com dores no joelho direito. Mas o São Paulo fez o suficiente para vencer o Avaí por 1 a 0, no Morumbi, na noite desta quarta-feira, e largar com vantagem para conquistar vaga às semifinais da Copa do Brasil.
O gol foi do zagueiro Revson, contra. O São Paulo agora decide a classificação na próxima quinta-feira na Ressacada, em Florianópolis, podendo empatar ou perder por uma diferença de um gol, desde que também marque (ex: 2 a 1, 3 a 2, 4 a 3, ...).
Já o Avaí, para chegar pela primeira vez em sua história às quartas de final da Copa do Brasil, precisa ganhar por uma diferença de dois gols, ao menos. Uma vitória avaiana por 1 a 0 leva a partida para os pênaltis.
RENAN SALVA
Com as duas equipes já eliminadas de seus respectivos Campeonatos Estaduais, São Paulo e Avaí começaram travando um duelo dinâmico, tão corrido quanto disputado.
Mas o time azul de Florianópolis tinha visíveis dificuldades em campo. Sem quatro titulares (o zagueiro Gian, machucado, e três pivôs da confusão generalizada na partida de oitavas de final contra o Botafogo, na Ressacada: o volante Bruno, o meia Marquinhos e o atacante Rafael Coelho), a equipe do técnico Silas viu um Tricolor animado!
Por pelo menos quatro oportunidades, o São Paulo não deixou a primeira etapa já com vantagem no placar. Primeiro, aos 9 minutos, Ilsinho fez o corta-luz para a bola chegar em Jean, que chutou torto. Na sobra, Carlinhos finalizou de longe, com perigo.
Seis minutos mais tarde, Jean e Ilsinho tabelaram e a bola ficou com Marlos, que arrematou e viu Renan realizar a defesa. Aos 31, a melhor chance: Marlos cruzou com veneno, Renan espalmou para o meio da área e Jean chegou com tudo para carimbar a trave do Avaí.
Mas a noite era mesmo de Renan, goleiro que já fora convocado por Mano Menezes para a Seleção Brasileira. A estrela do camisa 1 do Avaí brilhou mais seguidas vezes. Aos 35 da etapa inicial, Dagoberto ficou cara a cara com o talento e parou no arqueiro adversário. Logo em seguida, Alex Silva cabeceou para o chão, com perigo, e Renan salvou mais uma vez.
O Tricolor até se esforçava, mas não o suficiente para furar a retranca avaiana. A torcida no Morumbi, impaciente e irritada com o mau desempenho do time, até "presenteou" os jogadores com uma sonora vaia ao final da primeira etapa. Era o aviso que o São Paulo de Carpegiani precisava para mudar de vez, ou virar comida do Leão de Florianópolis.
CAIU DO CÉU!
Diante de uma torcida exigente, o alívio tricolor chegou em boa hora - e através de um gol inusitado. Dagoberto, que voltara do intervalo animado, cobrou escanteio com veneno e o zagueiro Revson, atrapalhado por Miranda, cabeceou com estilo - para o próprio gol.
Com o placar à favor, o São Paulo não queria se contentar com o "presentinho" avaiano. Dagoberto, o motor tricolor, queria mais. Ele colocou Jean na cara do gol e, de novo, o camisa 2 parou na intervenção precisa do goleiro Renan.
O técnico Silas, que levou o Avaí à heróica sexta colocação no Campeonato Brasileiro de 2009, resolveu se prevenir: fez duas substituições colocando homens de defesa, tentando levar a partida para Santa Catarina com uma vantagem mínima para o Tricolor.
Pelo lado são-paulino, Carpegiani atendeu aos pedidos dos torcedores e colocou Rivaldo, aclamado, e tirou Marlos, muito vaiado. Ilsinho também saiu para dar lugar a Willian. O Tricolor, então, foi só ataque. O 1 a 0 era pouco.
Inicialmente, o truque de Carpa foi traiçoeiro e Estrada, em contragolpe que começou com reposição de Renan, perdeu chance aos 30 minutos.
O Avai continuou atacando pelos lados, especialmente com Julinho pela esquerda, e o São Paulo viu sua fonte secar. Mesmo com a disposição de Dagoberto pelos lados de campo, o Tricolor não conseguiu deixar o campo com uma vantagem maior. Nos minutos finais, Jean perdeu sua terceira chance clara na partida e não modificou o placar.
O São Paulo, portanto, vai à Florianópolis com a vantagem mínima para decidir a vaga nas semifinais. O time classificado no duelo terá pela frente o vencedor de Vasco e Atlético-PR, que jogaram nesta quarta-feira e empataram em 2 a 2.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 1X0 AVAÍ
Estádio: Morumbi, São Paulo (SP)
Data/hora: 4/5/2011 - 21h50
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro
Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva e Guilherme Dias Camilo
Renda/público: R$ 575.817,00 / 20.815 pagantes
Cartões amarelos: - (SPO); Emerson Nunes, Revson, Estrada (AVA)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Revson (gol contra), 3'/2ºT (1-0)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Xandão, Alex Silva e Miranda (Luiz Eduardo 32'/1ºT); Jean, Casemiro, Carlinhos, Ilsinho (Willian 22'/2ºT) e Juan; Dagoberto e Marlos (Rivaldo 19'/2ºT). Técnico: Paulo César Carpegiani.
AVAÍ: Renan; Émerson Nunes, Gustavo Bastos e Revson; Diogo Orlando, Acleisson, Marcinho Guerreiro (Felipe 15'/2ºT), Estrada (Marquinhos Gabriel 32'/2ºT), Robson (Romano 11'/2ºT) e Julinho; William. Técnico: Silas.
Libertad surpreende, faz 3 a 0 no Fluminense e se classifica
Tricolor deixou equipe paraguaia reverter a desvantagem e está fora da competição
Agência Lancepress
E quando ninguém esperava, o Fluminense, time de guerreiros, das causas impossíveis, deixou uma classificação praticamente garantida escapar.
Com um futebol apático, longe da raça e superação característica nos últimos tempos, o Tricolor perdeu por 2 a 0 para o Libertad-PAR, nesta quinta-feira, e está fora da Copa Santander Libertadores. Final trágico para quem, há duas semanas, celebrava uma conquista quase impossível.
Rojas, Samudio e Nuñez, todos no segundo tempo, marcaram os gols da heroica classificação da equipe paraguaia, nas quartas-de-final, enfrenta ou Velez (ARG) ou a LDU (EQU), que decidem a vaga nesta quinta-feira. No primeiro duelo, os argentinos venceram em casa por 3 a 0.
Ao Fluminense, resta agora levantar a cabeça e se preparar para a disputa do Campeonato Brasileiro. A estreia será no próximo dia 22, contra o São Paulo, no Engenhão.
VALE-TUDO EM ASSUNÇÃO
O Fluminense entrou em campo com uma confortável vantagem diante dos paraguaios do Libertad. Com isso, ao contrário da tônica do time até então (nos últimos jogos, era o Flu que corria atrás do resultado), a equipe brasileira esperou pela agressão adversária.
E foi o que o Libertad procurou fazer desde o início. Com três atacantes fixos (Gamarra, Maciel e Pavlovich), o time comandado por Gregório Pérez tentou explorar incessantemente as jogadas de linha de fundo. E conseguiu fazer com certa facilidade.
Pela direita, Gamarra e Bonet tabelavam; pela esquerda, Samudio e Maciel. Das duas pontas, saíram 13 cruzamentos só na primeira etapa. Sorte do Flu que a defesa, desta vez, estava bem atenta às bolas aéreas. Assim, os lances perigosos dos anfitriões ficaram com os arremates de longe. Aquino, Gamarra e Cáceres arrancaram suor do goleiro Ricardo Berna, que, entre uma espalmada e outra, conseguiu se virar bem até o intervalo.
Já o Fluminense foi literalmente levado a nocaute. A primeira baixa foi a do volante Valencia, que, logo aos 17 minutos, teve que deixar o gramado com dores na virilha esquerda. Em seu lugar, entrou Diogo, que, com uma cabeçada na trave, protagonizou o melhor momento tricolor no primeiro tempo.
Logo na sequência, Fred também sentiu o golpe. Ao disputar uma bola pelo alto, foi atingido no supercílio esquerdo pelo zagueiro Canuto. O artilheiro ficou ferido, mas estancou o sangramento com uma faixa e voltou para a batalha. Pouco depois, o lateral-direito Mariano também foi agredido e ficou um tempo caído no gramado. Em nenhum dos lances, o árbitro Roberto Silveira advertiu os jogadores paraguaios.
FLU BOBEIA E DEIXA SONHO PARA TRÁS
O segundo tempo começou da mesma forma que terminou o primeiro, mas num ritmo muito maior. Se antes o Fluminense era ameaçado, agora, sua área se tornava alvo de bombardeio. Com dez minutos, os Gumarelos criado pelo menos três chances claras. Na mais perigosa, Gamarra passou pelas costas de Julio Cesar e cruzou rasteiro, Berna ficou vendido e Pavlovich só não abriu o placar porque não alcançou a bola na tentativa de finalização.
Aos oito minutos, Gregorio Pérez colocou o meia Rojas no lugar do volante Ayala. Vinha mais chumbo grosso para o Flu. Quatro minutos depois, o próprio Rojas acertou um arremate potente de canhota, Berna esticou o braço, mas não conseguiu evitar: o Libertad, enfim, furava o bloqueio brasileiro.
A vantagem, de certa forma, acalmou os brios do time da casa. Bom para o Fluminense, que conseguiu recuparar espaços e voltou a agredir. Aos 28 minutos, o atacante Fred teve a chance de liquidar a fatura. O camisa 9 recebeu livre de Marquinho, dominou, mas, de frente para o gol, finalizou por cima.
A partida, então, começou a ficar mais para a equipe brasileira. Mesmo fechado, o Tricolor continha com eficiência as jogadas ofensivas e, de quebra, aproveitava os contra-ataques em velocidade.
Mas, aos 40 minutos, veio o castigo. Samudio chuttou de fora, outra vez, Berna aceitou. E o Flu deixou que o inacreditável entrasse em cena outra vez. O Libertad revertia a desvantagem e, naquele momento, assegurava a classificação.
Enderson, então, colocou Rodriguinho no lugar de Diguinho. O time foi para o desespero. Não deu. No último minuto, Nuñez ainda marcou o terceiro papa os paraguaios, selando a tragédia tricolor.
FICHA TÉCNICA:
LIBERTAD (PAR) 3 X 0 FLUMINENSE
Estádio: Defensores del Chacos, Assunção (PAR)
Data/hora: 4/5/2011 - 21h50min (de Brasília)
Árbitro: Roberto Silvera (Fifa-URU)
Auxiliares: Mauricio Espinoza (Fifa-URU) e Marcelo Costa (Fifa-URU)
Cartões amarelos: Pavlovich, Ayala, Samudio (LIB); Berna, Marquinho, Diguinho, Conca (FLU)
Cartão vermelho: Mariano, aos 47'/ 2ºT (FLU)
Gol: Rojas aos 12'/2ºT; Samudio, aos 40'/ 2ºT e Nuñez, aos 45'/ 2ºT (LIB)
LIBERTAD (PAR): Vargas; Bonet, Portocarrero, Canuto e Samudio; Ayala (Rojas, aos 8'/ 2ºT), Cáceres, Aquino e Gamarra (Nuñez, aos 29'/ 2ºT); Maciel (Orue, aos 36'/ 2ºT) e Pavlovich. Técnico: Gregorio Pérez.
FLUMINENSE: Ricardo Berna, Mariano, Gum, Edinho e Julio Cesar; Valencia (Diogo, aos 17'/ 1ºT), Diguinho (Rodriguinho, aos 43'/ 2ºT), Marquinho e Conca; Rafael Moura (Araújo, aos 28'/ 2ºT)e Fred. Técnico: Enderson Moreira.
Em jogo sem sal, Grêmio perde de novo e se despede da competição
Derrota fora de casa, contra o Universidad Católica (CHI), completou a péssima noite dos gaúchos na competição
Agência Lancepress
O Grêmio encerrou de forma melancólica a noite trágica dos gaúchos na Copa Santander Libertadores. Se a esperança era um clássico contra o Inter nas quartas de final, o desfecho foi que nem um dos lados do confronto permaneceu na competição.
Um passivo time gremista perdeu por 1 a 0, nesta quarta-feira, na partida de volta contra o Universidad Católica (CHI), em Santiago. E como havia perdido por 2 a 1, em pleno Olímpico, na ida, o Tricolor teve de dar adeus à disputa.
Esfacelado pelos sete desfalques, o Grêmio pareceu anestesiado. Lento na saída de bola, o time de Renato Gaúcho não conseguiu assustar o Universidad Católica. O mais animado entre os brasileiros foi o próprio treinador, símbolo da agonia à beira do gramado, pedindo mais atitude dos gremistas.
Com a classificação encaminhada por conta da vitória no Olímpico, os chilenos cozinharam o jogo ainda mais. Com um toque de bola refinado, a equipe de Juan Pizzi demonstrou maturidade e equilíbrio para fazer o tempo passar sem correr riscos.
Com um ataque desentrosado (Junior Viçosa e Lins), a “ponta da lança” gremista não conseguiu perfurar a defesa chilena. Com o passar do tempo quem encontrou liberdade para dar trabalho foi o carrasco Pratto, autor dos dois gols no jogo de ida. Foi dele a cabeçada que fez Marcelo Grohe mostrar que é capaz de substituir Victor.
No segundo tempo, com a dose de desespero aumentada, o Grêmio foi mais agressivo. Só que a sorte não estava ao lado do Tricolor. Quando a jogada ofensiva se encaixou, o capitão Valenzuela apareceu para salvar a pele dos chilenos, ao afastar - de cabeça e em cima da linha - o chute de Junior Viçosa.
Mas nem com as alterações de Renato – tirando o zagueiro Rafael Marques e lançando o garoto Leandro – o Grêmio embalou. O tempo passou rápido para o time brasileiro, que não esboçou reação.
Para encerrar a noite, Mirosevic marcou já aos 41 minutos do segundo tempo e fechou a eliminação do Grêmio, que vai ter de buscar o tricampeonato da América em outra ocasião.
U. CATÓLICA (CHI) 1 X 0 GRÊMIO
LOCAL: Estádio San Carlos de Apoquino, em Santiago (CHI)
DATA: 4/5/11
CARTÕES AMARELOS: Eluchans, Costa (UCA); Vilson (GRE)
GOLS:Mirosevic, aos 41'/2ºT (1-0);
U. CATÓLICA: Garcés, Valenzuela, Martínez, Henríquez e Eluchans; Ormeño, Silva, Meneses, Costa (Mirosevic, 8'/2ºT) e Cañete; Lucas Pratto (R. Gutiérrez, 45'/2ºT). TÉCNICO: Juan Pizzi.
GRÊMIO: Marcelo Grohe, Mário Fernandes (Vinícius Pacheco, 38/2ºT), Rafael Marques (Leandro, 18'/2ºT), Rodolfo, e Gilson; Vílson, Adilson, Fernando e Douglas; Lins (Escudero, 33'/2ºT) e Junior Viçosa. TÉCNICO: Renato Gaúcho.
Com gols-relâmpago, Inter é eliminado da competição
Colorado levou dois gols em cinco minutos, cedeu virada e deu adeus ao sonho do tricampeonato
Agência Lancepress
O inesperado aconteceu. Com dois gols-relâmpago na volta do segundo tempo, o Internacional cedeu a virada e foi derrotado pelo Peñarol por 2 a 1 no Beira-Rio, nesta quarta-feira, dando adeus ao sonho do tricampeonato da Copa Santander Libertadores. Agora o Colorado terá de focar na disputa da final do Campeonato Gaúcho, neste domingo, quando encara o Grêmio.
A vitória colorada parecia desenhada logo no primeiro minuto, quando Oscar recebeu bom passe pela meia esquerda e bateu no canto para abrir o placar. Contudo, o Peñarol não sentiu o baque e aos pouco começou a se organizar. Mesmo com a vantagem, o técnico Falcão estava agitado na beira do campo, parecendo que previa o pior.
Os visitantes ganharam terreno de jogo e criaram mais oportunidades de ataque, enquanto o Inter não conseguia mais trocar passes pelo meio como fizera nos primeiros minutos. A solução foi abrir o jogo e explorar as laterais, o que fez aumentar o ritmo da partida.
O segundo gol colorado quase saiu em uma bela tabela entre Bolatti e Leandro Damião, que encontrou Kleber na esquerda livre. Mas o lateral pegou muito mal na bola e isolou. O erro custaria caro minutos depois.
Na volta para o segundo tempo, a surpresa. Em cinco minutos o Peñarol virou a partida. Aos 15 segundos, Martinuccio aproveitou o cochilo da defesa colorada e empatou. Ainda sem entender o que havia acontecido, o Colorado levou o segundo golpe: Oliveira de cabeça virou.
De nada adiantou as mudanças de Falcão, que colocou Ricardo Goulart e Tinga, sacando Andrezinho, que pouco fez, e Oscar, autor do gol. O desespero bateu, e aquele Inter que tocava a bola ficou no vestiário, dando lugar a uma equipe desordenada, que não teve forças para reagir. A primeira derrota de Falcão veio em hora errada. O Inter se despediu da Libertadores.
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 1 X 2 PEÑAROL (URU)
ESTÁDIO: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
DATA E HORA: 19h30
ÁRBITRO: Enrique Osses (CHI)
CARTÕES AMARELOS: D'Alessandro, Nei (Internacional), Freitas, Domingo (Peñarol);
GOLS: Oscar (1-0), ao 1'/1ºT; Martinuccio (1-1), ao 1'/2ºT; Oliveira (1-2), aos 5'/2ºT
INTERNACIONAL: Renan, Nei (Rafael Sóbis), Bolívar. Rodrigo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Andrezinho (Ricardo Goulart) e D'alessandro; Oscar (Tinga) e Leandro Damião.
PEÑAROL: Sosa, González, Valdez (Albín), Rodriguez, Dario Rodriguez, Freitas, Aguiar, Corujo, Mier (Domingo), Martinuccio (Torres) e Olivera.
Cruzeiro perde tudo: jogo, classificação e a cabeça
Nos acréscimos, Cuca deu uma cotovelada em Rentería. Cruzeiro perdeu por 2 a 0 e dá adeus ao sonho do tricampeonato
Agência Lancepress
O Cruzeiro foi impecável até então, o melhor da Copa Santander Libertadores 2011. Mas os 90 minutos ruins desta quarta-feira bastaram para arruinar os planos de avançar no mata-mata e tentar o tricampeonato. Na Arena do Jacaré, o Once Caldas fez 2 a 0, com gols de Amaya e Moreno, e conseguiu inverter a desvantagem.
A partida teve dois jogadores expulsos. Roger, no primeiro tempo, para o Cruzeiro, e Carbonero, para o Once Caldas, na etapa final. Curiosamente, os gols colombianos saíram após o número de jogadores se igualar em dez para cada lado.
O primeiro tempo marcou um domínio do Once Caldas sobre o Cruzeiro. Com um futebol de posse de bola e jogadas agudas, a equipe colombiana ainda se aproveitou dos erros de passe dos celestes.
Aliado a isso, houve também a expulsão do meia Roger, que cometeu duas faltas em carrinhos por trás e ganhou dois cartões amarelos. Ele deixou o gramado quando o relógio marcava 30 minutos de jogo.
Antes, as melhores chances já eram do Once Caldas. Em uma delas, Rentería conseguiu boa finalização no canto de Fábio, que fez a defesa.
Mas a melhor oportunidade aconteceu logo após o vermelho de Roger. Aos 34 minutos, o mesmo Rentería fez fila na intermediária mineira e finalizou bonito, tirando de Fábio pelo alto. Mas a bola ficou no travessão, para o alívio dos torcedores da Arena do Jacaré.
Antes do intervalo, a Raposa também teve ótima chance. Em passe de Gilberto, Ortigoza entrou sem marcação na área, mas finalizou para fora.
Gilberto passou a jogar no meio de campo, já que Everton substituiu Farías para compor a lateral esquerda.
Na segunda etapa, a promessa de Cuca era de um futebol melhor, apesar de jogar com dez. Aos sete minutos, quase saiu o gol. Gilberto fez linda jogada com direito a chapéu e cruzou da direita. Mas o cabeceio de Ortigoza foi fraco e para o alto.
Aos 11 minutos, o Once Caldas também perdeu um jogador por expulsão. Carbonero subiu para disputar de cabeça com Henrique e usou o cotovelo no rosto do meia celeste. O árbitro presenteou o colombiano com o cartão vermelho.
Os colombianos, contudo, chegaram bem perto de abrir o placar aos 20 minutos. Nuñez fez linda jogada pela direita, deu dois cortes que deixaram três defensores da Raposa no chão mas finalizou para fora.
Aos 21 minutos, saiu o gol do Once Caldas. Em jogada de escanteio, Amaya subiu e Marquinhos Paraná só olhou. O defensor cabeceou no ângulo do camisa 1 Fábio.
Cinco minutos depois, Montoya transformou o jogo em pesadelo para o Cruzeiro. Ele marcou o segundo para o Once Caldas, após jogada pela esquerda dos colombianos. A bola sobrou livre para o atacante finalizar.
Lance polêmico aos 37 minutos. Gilberto recebeu na mesma linha de defesa, fez ótimo drible e marcou um golaço. Mas não valeu. O bandeira já havia levantado o braço e o árbitro apitado.
Em seguida, a pressão da Raposa continuava e Everton aproveitou passe errado do Once Caldas. Mas ele chutou para fora.
Mas o Once Caldas também estava ligado. Aos 42 minutos, Rentería chapelou Pablo e finalizou. Mas Fábio fez ótima defesa na saída do gol.
Nos acréscimos, confusão em campo. Cuca pegou uma bola na lateral e, na hora de devolver para Rentería, acabou dando uma cotovelada no atacante. O colombiano sangrou e os jogadores das duas equipes se desentenderam, mas não houve maiores brigas.
Cruzeiro 0 x 2 Onde Caldas (COL)
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Data / Hora: 04/05/2011, às 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Antonio Arias (PER)
Auxiliares: Nicolas Yegros (PER) e Dario Gaona (PER)
Renda / Público: 14.972 / R$ 353.780,89
Cartões amarelos: Farías, Gil (CRU); Henríquez, Rentería (ONC)
Cartão vermelho: Roger, 30'/1ºT (CRU), Carbonero, 11'/2ºT (ONC)
GOLS: Amaya, 22'/2ºT (0-1), Moreno, 26'/2ºT (0-2)
Cruzeiro: Fábio; Pablo, Gil, Victorino e Gilberto; Marquinhos Paraná, Henrique (André Dias, 30'/2ºT), Roger e Walter Montillo; Ortigoza (Dudu, 22'/2ºT) e Ernesto Farías (Everton, 36'/1ºT). Técnico: Cuca.
Once Caldas: Luis Martínez; Elkin Calle, Diego Amaya, Alexis Henríques e Luis Nuñes; Alexander Mejía, Harrison Henao (Pajoy, 10'/2ºT), Claudio Mijabarre (Cuero, 20'/2ºT) e Carlos Carbonero; Dayro Moreno (Micolta, 38'/2ºT) e Wason Rentería. Técnico: Juan Carlos Osorio
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