Musa da raquete
Radicada em Jundiaí, a ex-tenista Vanessa Menga conta sobre sua carreira, conquistas, a polêmica capa da Playboy e seus projetos sociais
Agência BOM DIA
Entre campeonatos juvenis e adultos, Vanessa Menga conquistou 70 títulos. O mais importante deles é a Medalha de Ouro em Winnipeg
Agência BOM DIA
Jundiaiense de coração, a ex-tenista Vanessa Menga lembra com carinho a cidade que a preparou para ser multicampeã no tênis. Vanessa é paulistana, mas mudou com a família para Jundiaí aos 13 anos, em busca de melhor qualidade de vida. “Durante todos esses anos em competições de alto nível, fiz de Jundiaí meu porto-seguro”.
A “musa do tênis” como é conhecida, começou a jogar bem cedo, aos 4 anos, por influência do pai, professor do esporte na época. Aos 6 anos, ganhou sua primeira competição e nunca mais parou. Entre campeonatos juvenis e adultos, a tenista levou 70 troféus para casa e 42 medalhas de prata.
Carreira/O resultado mais importante de Vanessa foi a medalha de ouro do Pan-americano de Winnipeg, no Canadá, em 1999. Ela lembra com carinho da volta para o Brasil, especialmente para Jundiaí, após a conquista. “Fui recebida pelo prefeito, desfilei em carro de bombeiros e muita gente daqui acompanhou. Foi muito emocionante ver que minha cidade se orgulhava de mim.”
O ano para a carreira da musa foi, definitivamente, em 1999. Vanessa enfrentou as irmãs Vênus e Serena Williams na quadra central de Roland Garros. “Fomos derrotadas, mas nunca vou esquecer dessa partida. Foi muito especial.”
Além desses momentos inesquecíveis para a tenista, Vanessa Menga é a única esportista brasileira que disputou duas Olimpíadas: Atlanta-EUA (1996) e Sydney-AUS (2000). Logo após as Olimpíadas de Sydney, a revista Playboy a procurou para ser capa da publicação. “Cheguei a pensar que isso ia prejudicar minha carreira. Mas, pelo contrário, fiquei ainda mais conhecida. Sem falar no dinheiro, o que me motivou a posar nua”.
Em 2003, aos 27 anos, a tenista sofreu um acidente de moto na Itália. Vanessa teve fraturas no ombro direito e teve uma recuperação complicada. “A melhor escolha foi parar”, diz.
Agora, Vanessa coordena projeto social e é dirigente esportiva
Apesar de estar longe das quadras há oito anos, a tenista não largou o esporte. Vanessa, que “sempre gostou de ensinar”, mantém o Instituto Brilho Brasileiro que ensina o esporte a jovens e crianças carentes de Jundiaí e Campinas. Atualmente, 200 pessoas são beneficiadas e, desde 2004, quando o Brilho Brasileiro foi fundado, beneficiou 500 pessoas. Em Jundiaí, as bases do projeto são o Sesi e o Bolão.
Outro projeto realizado pelo Brilho Brasileiro e destacado por ela é o “Tênis sobre rodas”, oferecido no Bolão, que cadeirantes aprendem o esporte. São 40 portadores de deficiência que praticam 4 horas de tênis semanal. “É muito bom poder ajudar as pessoas”, diz.
Atualmente, Vanessa Menga também está trabalhando na Traffic, no setor de marketing. Ela cuida de contratos de patrocínio para as competições promovidas pelo grupo, como Copa do Brasil e Copa América. “Tive que aprender um pouquinho sobre futebol para atuar nessa função”, conta.
Apesar da rotina bem diferente da de atleta, ela se diz a vontade com a nova carreira. “Quando a gente para, fica pensando no que fazer, se vai ficar desocupada. Minha experiência como tenista me ajuda muito a conhecer como funciona os bastidores do esporte, mesmo sendo um que eu nunca pratiquei”.
A ansiedade da ex-tenista é evidente quando o assunto é a Copa América, esse ano na Argentina. Vanessa vai passar toda a competição no país vizinho como representante da Traffic. “É o maior evento de futebol do ano e vou estar lá participando, isso é ótimo”.
Quem é e o que faz:
Nome_ Vanessa Astra de Menga
Idade_ 35 anos
Profissão_ Dirigente esportiva e ex-tenista
Títulos_ Medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (1999)
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