quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Paulista FC

É difícil até para correr

Atletas do Paulista têm dificuldade para treinar com a baixa umidade do ar e time implanta tempo técnico para equipe beber água. O meia Luiz Gustavo Rato sofre de asma e precisa ficar na beira do campo se hidratando para amenizar os efeitos do tempo seco


Agência BOM DIA

O segundo lugar no grupo 4 da Copa Paulista não é garantia de respirar aliviado no Paulista. Com a umidade relativa do ar em 18% e temperatura máxima de 30° C, a equipe venceu nesta quarta-feira (17) o Ituano por 2 a 1 e jogo-treino no Jayme Cintra.

Durante a atividade houve parada técnica, aos 25 minutos do primeiro e do segundo tempo, para a hidratação. E, quando o jogo parava, vários atletas caminhavam até o banco de reservas para se hidratar.

Um dos mais assíduos da garrafa d’ água é o meia Luiz Gustavo Rato. O jogador tem asma desde pequeno e, quando o tempo fica seco, as crises costumam atacar.

“Se eu não tomar água toda hora, não consigo correr e respirar direito”, conta o jogador, que antes de entrar em campo e no fim de um jogo utiliza a bombinha de ar .

Rato diz que quando o céu está nublado nem sente a asma, mas já chegou a passar mal com tosse em um treino nessa mesma época do ano passado, por causa do tempo seco.

Rato voltou a treinar com bola há apenas uma semana, pois estava no departamento médico com o joelho machucado. Para ele, a baixa umidade do ar contribui mais para que ele sinta falta de ritmo de jogo. “Tá difícil correr, fico bem cansado”, afirma.

Segundo o preparador físico do Paulista, Eduardo Baptista, a hidratação é fundamental para não atrapalhar o desempenho dos jogadores

“É preciso dar um jeito de compensar a falta de umidade. A gente só respira poeira. E os atletas puxam muito ar durante o treino, é ruim para eles.”

Eduardo ressalta que água é mais recomendada que isotônico para amenizar o efeito do tempo seco para os atletas. “A gente utiliza o isotônico para suprir os nutrientes perdidos, mas é a água que ajuda”, diz.

O preparador físico salienta que é preciso ter atenção especial com o caso do garoto Rato, por exemplo, pelo problema respiratório. “Ele precisa de pausas durante o treinamento. Mesma quem não tem esse problema está ruim. 60% do nosso elenco está resfriado”, conta.

Sol e queimadas /Às 15h desta quarta-feira (17), enquanto o Paulista treinava, a cidade tinha cinco focos de incêndios registrados (veja na página 10) e fuligem invadia o banco de reservas.

O preparador físico do Galo aponta esses problemas e lamenta que os atletas precisem ir a campo nessas condições. “Nós não temos muita escolha, poderíamos mudar o horário do treino, mas são essas condições que vamos enfrentar no sábado”, explica. O Paulista vai a São Paulo no fim de semana enfrentar o Juventus, também às 15h. “A gente não escolhe o tempo nem o horário, então precisamos que consigam enfrentar qualquer condição”.

Solução caseira /Para tentar respirar melhor, quando vai para casa, Rato espalha baldes pela casa. “Uso todas essas receitas caseiras, não tem jeito.”

Na “briga de Galos”, Paulista leva a melhor

Os atletas que atuaram menos de 45 minutos ou não jogaram na goleada contra o Grêmio Osasco entraram em campo para enfrentar os reservas da equipe de Itu e venceram por 2 a 1. Thiaguinho, que substituiu Macena no jogo de domingo, marcou o primeiro gol na atividade. Jorge Rodrigues, que está em teste no tricolor ampliou. E o ex-Paulista, Tutinha, diminuiu para o time de Itu.

“A atividade é para dar ritmo aos jogadores, mas é sempre bom ganhar”, diz o treinador Wagner Lopes.

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