Mano aposta em Ronaldinho, Lucas, Borges e Neymar para derrotar Argentina
Técnico tem seu trabalho contestado e precisa de uma vitória no clássico para tranquilizar rejeição dos torcedores
José Eduardo Martins
Agência BOM DIA
Ainda sem vencer uma seleção de expressão e pressionado após a pífia apresentação diante da Argentina, há duas semanas, Mano Menezes vai lançar mão dos quatro ases que tem na manga contra os "hermanos". Às 21h50, no Estádio Mangueirão, em Belém, o treinador colocará em campo pela primeira vez Lucas, Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Borges.
A partida é válida pelo segundo confronto do Superclássico das Américas. Como o jogo de ida terminou em 0 a 0, o Brasil precisa vencer para ficar com a taça. Empate por qualquer placa leva a decisão aos pênaltis.
Além da boa performance neste Brasileirão, pelo Santos, Borges contou com uma mãozinha do destino para estar entre os titulares. Único destaque positivo da seleção na primeira partida do Superclássico, Leandro Damião, autor da carretilha e dos principais lances da equipe canarinho, sofreu lesão no músculo posterior da coxa direita e teve de ser cortado da lista de convocados. Já Lucas entra no lugar de Renato Abreu, que não brilhou com a amarelinha.
"Servir à seleção brasileira é sempre muito importante. Já sei para quem vou dar a camisa. Uma vai ficar com a minha mulher e a outra com a minha mãe", disse Borges, que faz sua estreia com a camisa verde e amarela, aos 31 anos.
Pênalti
Nesta terça-feira (27), Mano não deu o tradicional coletivo. Preferiu promover um treino de ataque contra defesa, esta formada por três zagueiros, esquema que a Argentina deve utilizar hoje, no Mangueirão.
Apesar de ter sido eliminado da Copa América pelo Paraguai na decisão por pênaltis, com quatro cobranças desperdiçadas, o time canarinho não parece muito preocupado com a possibilidade de decidir o confronto desta maneira. Nesta segunda-feira (26), só Ronaldinho Gaúcho e Neymar treinaram as cobranças.
Outra baixa na equipe foi o volante Paulinho, do Corinthians, machucado. Assim, Romulo, do Vasco, ganha uma chance entre os titulares.
"A questão do Paulinho foi o mesmo critério que tivemos com o Fred (lesionado antes do jogo de Córdoba). Se não trago outro, vão dizer que estou fazendo concessões, porque o Paulinho é do Corinthians", disse o ex-treinador do Timão.
Com 60,2%, Mano é o técnico com pior aproveitamento na seleção brasileira desde Emerson Leão (43,33%), em 2001. No total, ele comandou o time 15 vezes, com sete vitórias, cinco empates e três derrotas.
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