Superclássico? Argentina e Brasil fazem jogo sem sal e apenas empatam
Emoção passou longe de Córdoba e duelo terminou no zero
Agência Lancepress
De Superclássico das Américas o confronto entre Argentina e Brasil desta quarta-feira só teve o nome. Em um jogo que deu sono, as duas seleções não passaram de um 0 a 0, no estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba. As equipes, mais nacionais do que nunca – já que só jogadores que atuam nos dois países entraram em campo -, deixaram muito a desejar. As vaias foram uma consequência natural.
O reencontro entre as equipes já tem data, lugar e hora: dia 28 de setembro, no Mangueirão, em Belém (PA), às 21h50. Quem vencer levanta a taça. Um novo empate, independente do número de gols, resultará em disputa de pênaltis.
PRIMEIRO TEMPO
Com mais peças no meio campo (cinco contra três) a Argentina começou a partida com maior domínio de posse de bola e facilidade para trocar passes no setor.
A primeira jogada efetiva de ataque nasceu pelo lado esquerdo hermano, aos 6 minutos, quando Zapata ganhou de Danilo e mandou para a área. O centroavante Boselli pegou forte de canhota, mas, para sorte do Brasil, o tiro ganhou os ares de Córdoba.
O mesmo camisa 9 ainda perderia outras duas chances importantes nos primeiros 15 minutos de jogo.
Nesse meio tempo, aos 12, o Brasil saiu da toca e quase chegou ao gol na base do talento. A habilidade de Neymar deixou sentado o zagueiro Desábato e a Joia rolou para Leandro Damião. Só que o artilheiro do Brasil teve um momento de perna-de-pau e, na pequena área, acertou a trave de Orión. O jogo esfriou.
Com os articuladores rubro-negros Renato e Ronaldinho Gaúcho apagados, o Brasil - errando muitos passes - passou a ter mais dificuldades em achar os espaços na frente. A Argentina, por sua vez, perdeu seu homem mais perigoso ainda aos 24 minutos. Boselli sentiu uma lesão na coxa direita e deu lugar a Gigliotti, muito menos técnico que o titular.
No entanto, a ausência não significou a perda de domínio argentino, que invertia com facilidade as jogadas, utilizando bem o apoio dos alas Pillud e Papa. Os hermanos assustaram mais uma vez com Martínez, aos 33 minutos. O camisa 7 achou um espaço na intermediária e mandou uma paulada de fora da área, tirando tinta da trave esquerda de Jefferson, que pulou só para sair na foto.
Aí os times se desligaram de vez da tomada. O Brasil, com Damião bem marcado, sem conseguir usar os dois laterais para atacar e com o meio-campo lento, não exerceu mais perigo a Orión e seus três mosqueteiros (Desábado, Cellay e Sebá Dominguez). Os argentinos ficaram no "toco y me voy" na intermediária e não passaram disso até o intervalo. As vaias da torcida para as duas seleções foram a consequência.
SEGUNDO TEMPO
Na segunda etapa, a Argentina repetiu a receita do início do primeiro tempo. Girando a bola, com mais paciência que o Brasil, mas desta vez sem ser tão ameaçadora. Para piorar ainda mais o espetáculo, Sabella perdeu o outro atacante que, ainda que pouco, importunou o Brasil no primeiro tempo: Martinez.
A Seleção Brasileira continuou pouco inspirada. Para se ter uma noção de quão ridícula vinha sendo a atuação, o time de Mano Menezes só conseguiu a segunda finalização aos 21 minutos do segundo tempo, em uma cobrança de falta de fácil defesa para Orión.
A primeira havia sido aquela de Damião. Lembram? Cinco minutos antes, Mano já havia sacado o inoperante Renato Abreu, que aos 33 anos estreou na Seleção. Melhor seria se nem tivesse entrado em campo. A chance foi dada ao garoto Oscar. Mas ele também não teve um dia inspirado. Nem de longe lembrou aquele que decidiu o Mundial Sub-20 para o Brasil. O show de horrores continuou. De repente. Uma luz.
Aos 31 minutos, Leandro Damião recebeu pela direita. Na sua frente, Papa. Na tentativa de dar uma alegria ao jogo, o atacante deu uma linda lambreta (ou carretilha) no marcador e chutou (ou cruzou?).
A bola na trave do goleiro Orión foi a terceira finalização brasileira e quase o placar foi aberto. Quatro minutos depois Ronaldinho cobrou outra falta, desta vez mais perigosa, só que o goleiro argentino mandou para escanteio. Bela defesa, que mandou para fora o último e um dos raros lances de emoção do clássico, que não teve nada de super.
Nenhum comentário:
Postar um comentário