terça-feira, 5 de julho de 2011

Jogos Regionais

Bodas de ouro nos Jogos Regionais
O ciclista Israel Bernardi comemora 50 edições da competição, que começa nesta terça. Delegação de Jundiaí, favorita, é a maior a participar


Agência BOM DIA

Israel Bernardi, um dos símbolos de Jundiaí ao longo de 50 anos de Regionais: professor da turma sonha em rivalizar com experiência de Sorocaba
Agência BOM DIA

Já pensou fazer bodas de ouro em um campeonato? Para um apaixonado pelo esporte isso é possível. O ciclista Israel Bernardi completa 50 anos de Jogos Regionais este ano. Como atleta foram 25 anos. Depois, assumiu o cargo de dirigente da equipe de ciclismo e está lá até hoje.

Israel começou a andar de bicicleta em 1959 e dois anos depois já participava dos Regionais. Hoje, a missão do aposentado de 69 anos é ajudar os ciclistas a terem destaque nas competições. “Nós sofremos muito no ciclismo. Não tinha incentivo nenhum”, lembra.

De todos os campeonatos que já disputou, o de 1996 é aquele de que nunca esquecerá. “Meu sonho era dar um título de campeão estadual para Jundiaí. Realizei em 1996 e depois em 1997 de novo”, diz.

Confiança / Para Bernardi, a vitória só é algo real depois de conseguirem passar por um gigante: “Sorocaba tem uma das melhores equipes do Brasil. Temos de ser humildes, mas acho que conseguimos uma boa colocação”, espera.

Maior delegação / Nem a precariedade de algumas instalações faz os atletas que vão para os Jogos Regionais desistirem do desafio. Este ano, mais de 679 jundiaienses, entre atletas e equipes de apoio, estão indo para Itapetininga em busca de mais uma medalha de ouro.

Jundiaí foi campeã dos Regionais por 12 vezes consecutivas e busca o 13º título.

A delegação embarca nesta terça (05) para Itapetininga para se acostumar com o ambiente da cidade. Entretanto, a competição começa mesmo na quinta-feira. A primeira equipe a defender Jundiaí será do tênis de mesa.

Para o chefe da delegação, Vanderlei Seregati, é importante participar não só pela competição, mas também pela oportunidade de treinar para os Jogos Abertos, que ele compara a “mini-olimipíadas”. Nesse ano, a competição será em Mogi das Cruzes, em novembro.

A estrutura é toda financiada pela prefeitura, desde o transporte até as cozinheiras que vão junto com a delegação para fazer a comida. Apesar da estrutura montada, muito é feito na base do improviso e é aí que entra a vontade de cada atleta.

"A gente vai mesmo é na vontade de competir. Não tem beliche para todo mundo, então juntamos três ou quatro carteiras escolares, colocamos madeira em cima e um colchão e dormimos lá. É precário, mas a gente encara numa boa", disse Vanderlei.

O professor destaca a integração dos atletas como parte mais interessante da competição.

“É uma grande união, pois vão desde os senhores idosos que vão jogar bocha, até meninada de 15 anos que embarca para jogar damas."

Jundiaí sofre com o assédio de outras cidades
Jundiaí aposta na formação dos atletas da cidade, por isso, pouco investe na contratação de competidores com bom nível técnico de outros municípios. Em razão disso, a cidade tem sofrido anualmente com o assédio de rivais, interessados nas “pratas da casa”.

A tenista Raquel Iotte, 22, é um exemplo. Ela disputa os Regionais por Jundiaí desde os 14 anos. Ganhou em todos os anos, mas nesta edição jogará por Campo Limpo Paulista. Na opinião dela, falta um pouco mais de reconhecimento por parte da cidade. Junto com ela, estará Priscila Ortega, 27, no torneio de duplas.

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